Por trás de uma ‘brincadeira’, pode existir um assédio moral!

Ed. nº 66 –Fevereiro

IZA – Dona de Mim

Constranger colegas pode resultar em penalidades

Todo mundo já ouviu a expressão ‘assédio moral’, mas você já parou para pensar o que essas palavras significam na prática? Já se questionou que talvez seu comportamento ou as brincadeiras que faz podem refletir essa conduta contra os colegas de trabalho?

Se nunca parou para refletir, chegou a hora. Responsável pelo setor de Conformidade da Rota, Gabriel Castella explica que existe uma linha muito estreita entre brincadeiras ou cobranças desmedidas por resultados e o assédio moral.

“O líder pode e deve cobrar os resultados, intervir quando entender que o trabalho pode ser feito de forma mais satisfatória, mas não pode de forma alguma constranger o seu liderado. O ato de chamar a atenção ou cobrar resultados de um funcionário não pode ter características de humilhação, não pode ser feito com xingamentos, deboches, nenhuma conduta vexatória”, explica Gabriel.

Vale lembrar que o assédio moral existe ainda entre colegas. Desta forma, se brincadeiras ou comentários provocam incômodo a terceiros, o comportamento deve ser cessado imediatamente. “Apelidos constrangedores e pejorativos ou que deixem o colega sem graça devem ser reavaliados. Uma dica é: se o colega não gostar da brincadeira, pare imediatamente. Hoje, as pessoas estão mais conscientes das situações e dos direitos que têm e uma brincadeira pode levar até mesmo a uma advertência do Integrante”. 

Por fim, Gabriel comenta que uma brincadeira mal interpretada pode levar até mesmo ao adoecimento de um colega. “Não sabemos como cada pessoa reage às situações. Às vezes, um apelido, por exemplo, não te afeta em nada. Mas o seu colega pode se ofender. Na dúvida, não faça”.

Como o assunto é complexo, destacamos aqui algumas práticas que podem ser entendidas como assédio moral.

Confira e fique por dentro:

  • Expor liderado ou colegas a situações humilhantes;
  • Xingamentos na frente dos outros empregados;
  • Exigir metas inatingíveis;
  • Negar a um liderado benefícios que são concedidos a outros;
  • Agir com rigor excessivo e desnecessário;
  • Colocar “apelidos” constrangedores;
  • Inferiorizar, amedrontar, menosprezar, difamar, ironizar, dar risinhos;
  • Fazer brincadeiras de mau gosto;
  • Não cumprimentar e ser indiferente à presença do outro;
  • Solicitar execução de tarefas sem sentido e que jamais serão utilizadas;
  • Controlar (com exagero) o tempo de idas ao banheiro;
  • Impor horários absurdos de almoço etc.